75 - Ele nasceu!

Já estavamos em Agosto e eu com meus nove meses, a espera do meu príncipe nascer. Luan optou por tirar uma férias de dois meses e apenas faria algumas participações em programas de TV. Hoje era dia de consulta, a última.
Eu e meu namorado já estávamos morando juntos e graças a Deus convivendo bem. Optamos por contratar uma empregada, já que eu não era aquelas coisas na cozinha e com uma criança, não teria tempo pra cozinhar. Acordei Luan aos beijos sobre seu pescoço e ele se encurvou.
- Ah, só mais uns minutinhos amor..
- Sem chance. Tem consulta! Anda! - bati em sua bunda me levantando.
Tomei um banho e vesti minha roupa que já estava separada. Quando passava maquiagem, Luan já estava vestido.
- Não vai tomar banho porquinho?
- Preguiça! Vou por boné também que nem cabelo quero arrumar.. - riu. - Amor, olha aqui. - falou e me virei.
- Sua barriga tá bem baixa. Será que nasce? - falou esperançoso e eu gargalhei.
Todos os dias era aquilo, sua ansiedade era enorme.
- Aguarda morzinho. - selei nossos lábios.
Depois que terminamos de se arrumar, descemos pra cozinha e dona Ângela já havia preparado o café da manhã
- Bom diaaaaaa sua linda! - Luan brincou com ela se sentando. Dei risada já que ela sempre ficava envergonhada.
Comemos rapidinho já que estávamos atrasados e logo seguimos pro consultório. Doutora Fernanda nos atendeu rapidamente e logo me encaminhou pra sala de ultrassom. Escutamos o coração de Lorenzo como de costume, em todos os exames ela conversava mais e dessa vez estava mais atenta e fazia caras e bocas, o que me deixava preocupada.
- Ta tudo bem doutora? - perguntei, estranhando.
- Sim, vamos pra minha sala. - falou tirando o gel da minha barriga e assim fomos.
- Olha, eu vou te encaminhar pro centro cirúrgico agora mesmo. - disse fazendo com que Luan a olhasse assustada, até engasgando. A olhei da mesma forma.
- Mas porquê?
- Não dá pra esperar o parto normal. Você tá com pouco líquido amniótico, e isso é prejudicial ao bebê. Acontece com muitas mulheres.. Fica tranquila! - disse e assenti, ainda assustada.
Luan me olhava com as mãos trêmulas, parecia que era ele quem ia parir. Ri por dentro. Minha médica preencheu alguns papéis e pediu pra que então, fosse até o hospital aonde ela me aguardaria, iria cancelar todas suas próximas consultas. Sai da sala com Luan, que mal conseguia andar, me fazendo rir.
- Do que você ta rindo muie? - falou assim que entramos no carro, afobado.
- Você tá muito nervoso! E tá esperando o que pra ligar o carro? - gargalhei.
- Meu filho vai nascer Júlia! Como não posso ta nervoso? - disse ligando o carro e saindo as pressas.
- Luan.. Vai nascer. Isso não é o fim do mundo.
- Aí meu senhor intercede! - ele respirou fundo olhando o teto do carro me fazendo rir mais. - Júlia para de rir e me ajuda, o que eu faço?
- Nada.. - ri.
- Nada? Como nada? - bufou parando no semáforo.
- Vai em casa, vou pegar minhas coisas e aí nós vamos.. Avisa seus pais que vou avisar os meus! Fica calmo, não tô parindo.. Se com uma cesária você tá assim imagina se fosse parto normal Luan Rafael? Você ia infartar.
- Ok, ok! Vou me controlar.
Levei minha mão a sua nuca enquanto ele dirigia a acariciando e consegui fazer com que Luan se acalmasse. Liguei pros meus pais no meio do caminho dizendo que estava indo pro hospital, de princípio minha mãe quase surtou, mas depois de contar o que estava acontecendo tudo se acalmou. Disse que Luan ligaria assim que meu bebê nascesse e eles poderiam ir pro hospital, já que nada adiantaria ir antes do tempo.
Logo estava frente de casa e Luan, sem deixar com que eu subisse as escadas pegou minha bolsa e do nenê no quarto. Tomei um copo da água pra que me acalmasse, já que em breve estaria com meu bebê nos braços. Pedi pra Deus pra que abençoasse meu parto e me desse sabedoria pra que pudesse ser a mãe, que Dona Laura foi pra mim. Luan me observava do banco na cozinha, o olhei sorrindo e fui até ele.
- Nosso amor vai vir ao mundo. - sorri entrelaçando meus braços em seu pescoço. Pude ver seu sorriso brotar no rosto e em instantes seus olhos se encherem de lágrimas. Nossas testas foram coladas enquanto eu sentia sua respiração.
- Vai ser lindo feito você.
- Aposto que como você.
- Ju, obrigada por ser minha mulher. Obrigada por ser quem você é. Obrigada por tudo, obrigada por todos os momentos que você proporcionou pra mim e claro, em especial esse, que é o melhor da minha vida. Eu tenho certeza que você vai ser uma mãe maravilhosa. Te amo! - disse fazendo com que quase chorasse. Lhe dei um selinho que deu início a um beijo. E por fim, seguimos pro hospital.
Logo me encaminharam pro quarto e em poucos minutos eu estava na sala de cirurgia.
- Papai vai aguentar? - a doutora disse e eu ri.
- Mas é claro que vai.. - brinquei.
Aplicaram a anestesia em mim e logo começaram com os procedimentos. Luan estava sentado num banco ao meu lado enquanto segurava minha mão. Meu coração dava pulos e eu ansiava a chegada do meu menino. Em pouco tempo o choro começou e instantaneamente eu já chorava. Luan se levantou rapidamente e logo trouxeram Lorenzo ao meu lado. Lindo, traços feito um anjo. Mas ainda não era capaz de saber com quem parecia. Eu não sabia a felicidade que se passava dentro de mim. Luan beijou minha testa e logo o tiraram da sala. Me deixando sozinha.

Luan narrando.

E eu não conseguia expressar tamanha felicidade que se passava em mim ao ter meu filho frente a frente. Sempre diziam que a sensação de ser pai era boa, mas eu não imaginava o quanto. Me tiraram da sala de cirurgia e eu fui ligar pro meus pais.
- MÃE! NASCEU! ELE É LINDO! - falei e sem me controlar, cai no choro.
Depois de conversar um pouco com ela, liguei pros meus sogros e pra alguns amigos próximos que já se encaminhavam pro hospital. Em seguida, fui por berçário e liberaram minha entrada. Vi Ló, com os olhinhos abertos, observando tudo ao redor. Seus traços eram idênticos a de Júlia, seus olhos. Era a cara dela e arriscava a dizer que apenas sua boca era igual a minha. Ele era lindo, com seus 3.700 kilos e 48,5. Com todo cuidado do mundo e com receio, a enfermeira o colocou em meu colo, me ensinando a pegar. Eu me sentia o homem mais feliz do mundo, o mais realizado, com meu filho nos braços, hoje tinha uma família e ela se tornou a coisa mais preciosa da minha vida. E eu só tinha a agradecer a Deus por tudo.

Oi amoress! Apareci.

Nosso Lorenzo nasceeeu! Espero que tenham gostado do cap e comentem, comentários estão pouquíssimos, apenas nove sendo que faz dias que não posto. Se continuar, vou por meta.

E desculpem por estar pequeno, mas fiz esse cap rapidinho já que estou viajando.

Beijinhos!